O Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman) atua desde 2010, de forma integrada e articulada, reunindo, em uma sala de situação durante o período crítico de seca, as instituições federais que atuam no monitoramento e combate de queimadas e dos incêndios florestais. Essas reuniões, realizadas mediante convocação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), permitem monitorar a situação das áreas federais, como Unidades de Conservação, Territórios Indígenas, Territórios Quilombolas, Projetos de Assentamentos, entre outras, e, assim, compartilhar informações, definir prioridades e coordenar operações de combate.

O Ciman foi institucionalizado formalmente pelo Decreto no 8.914, de 24 de novembro de 2016, como um colegiado de caráter consultivo e deliberativo, com as seguintes competências:

• Monitorar a situação de queimadas e incêndios florestais no País;
• Promover, em uma sala de situação única e a partir de um comando unificado, o compartilhamento de informações sobre as operações em andamento;
• Buscar soluções conjuntas para o combate aos incêndios florestais;
• Disponibilizar as informações à sociedade por meio do Ciman Virtual, sítio eletrônico destinado a dar publicidade e transparência às ações em andamento.

Em 2023, foi iniciada a migração de plataforma e integração de sistemas com outras ferramentas das instituições envolvidas, tendo como essência o SISFOGO. Devido ao ataque hacker sofrido pelo INPE, o site do Programa Queimadas e do Ciman Virtual foram retirados do ar para auditoria. Assim, diversas rotinas que eram feitas de forma automatizada, tiveram que ser refeitas, o que gerou novos desafios para a equipe do Inpe e do Ciman. Foi um trabalho árduo, porém com resposta rápida o suficiente para garantir o funcionamento do Ciman em 2023.

Dentre as competências do Ciman definidas pelo Decreto nº 8.914, de 2016, figura o monitoramento da situação de queimadas e incêndios florestais no país, o que é realizado durante todo o ano, a partir das informações disponibilizadas pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Também faz parte da atribuição do Ciman promover, em uma sala de situação única, e a partir de um comando unificado, o compartilhamento de informações sobre as operações em andamento, bem como a busca por soluções conjuntas para o combate aos incêndios florestais. Para a consecução dessa atividade, os representantes do Ciman se reúnem, durante o período crítico de seca, geralmente compreendido entre os meses de agosto e outubro (neste ano estendido até dezembro), para deliberar sobre as operações de combate, notadamente aquelas que exigem esforço conjunto e recursos de mais de uma instituição de resposta (combates de nível II e III).

Ao término de cada reunião é gerado um Boletim Diário com todas estas informações, e a elaboração do Plano de Ação do Incidente (PAI), documento que relaciona todas as deliberações do dia e as informações relevantes para o período operacional que se inicia logo após a reunião e termina na reunião seguinte. É importante ressaltar que todas essas informações também estão acessíveis nesta homepage, cumprindo assim mais uma atribuição do Ciman: disponibilizar informações à sociedade por meio de um site dedicado a promover publicidade e transparência às ações e operações em andamento.